Menu | Edmundo Vallellano |
Um Presidente e a Islândia
Há uns anos, após a falência islandesa, um vulcão entrou em erupção naquele país insular europeu, assim impedindo vários cursos aéreos. E um deles fora o do regresso do presidente de Estado português ao seu lindo país, desde Praga, onde ouviu o homólogo checo lançar uns piropos políticos pouco diplomáticos ao impoluto e abastado Portugal.
Então e ironicamente irritado face ao impedimento, foi dizendo aos jornalistas lusos ali presentes, na sua proverbial formalidade: «como é que um país pequeno e falido tem tanta força para impedir outros de voar»?
Há mesmo quem não veja o argueiro no próprio olho! E tente ridicularizar uma confortável moradia, provisoriamente sem luz, ao sítio onde viva.
Já ouvimos compará-lo a um pardieiro, mas as metáforas são muitas vezes facas de dois gumes e não plenamente adequáveis.
Preferimos sítio, pois o sítio sitia, ou seja: aprisiona e assim reduz quem queira abrir asas e voar, por ter valor e capacidade para isso.
Pois a Islândia (e basta ver o que lá se passou depois...), nunca esquecer, é simplesmente um dos dez países mais evoluídos da Terra em termos mentais, sociais, políticos, humanos e morais. E urbanísticos. E culturais. E espirituais. E......
EV,
9-2-2014.