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https://es.noticias.yahoo.com/video/el-%C3%BAlt...
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Com uma intervenção perdida lá pelo meio e sobre o tema tratado na ligação eletrónica do Yahoo! https://es.noticias.yahoo.com/video/el-%C3%BAltimo-suspiro-053318842.html?vp=1 e na síntese que ali era feita («quando morremos, o corpo que jaz abandonado é apenas um montão de ossos e de carne; mas o que se passe com os mortos? Se deixássemos a Natureza atuar a seu ritmo, veríamos que os nossos corpos passam por um processo de decomposição que pode durar entre duas semanas e dois anos. Crédito: SCIENTIFIC AMERICAN»), participei através do seguinte texto:

«O problema está em que os humanos não sabem o que seja a vida; muito menos saberão o que seja a morte. Ademais de que se entende que o espírito seja algo imaterial ou assim. Outro problema que acresce é o de se admitir que a matéria seja real porque se pode apalpar, SENTIR; mas o que se sinta é ILUSÓRIO, já que o que se sinta seja aquilo que é natural e todavia tudo passa na Natureza e o que passe não é verdadeiramente real, pois a verdadeira realidade, sabemos isso em ontologia, é o que PERMANEÇA – e permanecendo de uma maneira sempre IGUAL e IMUTÁVEL. Nao se pode tentar explicar o que se alcance unicamente por compreensão. E não se pode compreender, se se estiver na Natureza, onde o que se possa alcançar seja tão-somente a explicação baseada nos nexos causa-efeito que se submetam ao princípio de causalidade (...).

Outro aspeto: a ciência OFICIAL do paradigma estabelecido é a ciência da cultura de fala inglesa, que se trata da cultura do empirismo. E o empirismo, associado ao pretenso positivismo do humanismo dos séculos anteriores, tal como a explicação mecânica de todos os factos, naturais ou não tanto, é a posição a mais precária possível, a mais singela e inocente, que se pode adotar.

Edmundo Vallellano, sexta-feira, 18 de abril de 2014».

                                                              *

A minha intervenção, apesar de não constituir uma observação a qualquer das participações espontâneas, quase todas demasiado ignaras, que pela Internet surgem a propósito de tudo e de nada, teve, contudo, a seguinte observação feita por um Carlos Roberto (?!):

«Edmundo, Deus vai mais longe do que a compreensão humana, pelo que seria inútil continuar filosofando, pois a sabedoria espiritual não provém do conhecimento nem da instrução dos humanos. O que é a ciência OFICIAL do paradigma? São apenas conceitos que nunca alcançarão a infinita sabedoria de Deus... . Nunca se conheceu homem mais sábio do que o filho de Deus chamado Jesus Cristo, o qual ensinou a mais simples e porém completa sabedoria através de seu exemplo, chegando a níveis incomparáveis de pureza espiritual com que obteve a capacidade de controlar o apego à matéria, incluindo o corpo, de onde a ressurreição, a vida eterna. E CRENDO-SE SÁBIOS, ELES TORNARAM-SE IGNORANTES...».

Bem: não respondemos, por não pretendermos polémicas avulsas. Além de a observação DIRETA que nos foi ali feita por essa intervenção de Carlos Roberto, mesmo não nos tendo parecido provinda de pessoa propriamente inculta, todavia ignorar por completo as questões filosóficas de fundo e suas implicações.

De facto não discutimos Cristo e questões religiosas senão com teólogos!

Além de que aquilo que sabemos de Cristo se transformou em MITO!

Mas teriam de ser verdadeiros teólogos, os quais, antes de o serem, terão de ser filósofos!

Pois o teólogo que previamente não seja filósofo então também não será teólogo, mas sim um simples CRENTE!

A filosofia, na qual estamos pessoalmente inseridos em compromisso vital, é domínio do livre exercício de pensamento.

E o exercício livre do pensamento não parte de um conjunto de crenças, ainda que com pretensão de serem demasiado sábias, mas sim de princípios de ordem racional!

Compreendemos que a bacia mediterrânica seja uma caldeira de fundamentalismos e de crenças e crendices.

Percebemo-lo bem num trabalho que tivemos de fazer na Faculdade em cadeira semestral de opção curricular (feita no Departamento de Antropologia e com a designação genérica de «Antropologia Social da Península Ibérica»).

Se Cristo fosse explicação para tudo, então não haveria necessidade de escolas nem de ciência.

Cristo levava-nos à Lua e pronto! Quais projeto Apolo e Werner von Braun!

Cristo ensinava-nos a escrever num segundo! Para quê escolas?

Cristo ensinava-nos a comer e beber e falar num só instante – para quê pais?

Só um IGNORANTE em filosofia desconheceria que falar-se em «paradigma estabelecido» ou «oficial» é obedecer ao (e é levar em conta o) trabalho SÉRIO produzido pelo filósofo da ciência Thomas Kuhn no seu livro «A Estrutura das Revoluções Científicas»!

E um ignorante em filosofia JAMAIS poderá suster uma discussão no domínio da teologia!

Por isso não nos debruçamos sobre MITOS e CRENÇAS de crentes, muito menos se forem fundamentalistas.

Somos livres-pensadores.

E um livre-pensador não tem verdades feitas.

Ele busca a Verdade. Num permanente e iludido percurso de recomeçar após concluir só saber que nada saiba em verdade. Pois a Verdade só o Absoluto a tem.

Busco. Por isso exerço o meu pensamento. Por isso escrevo.

O homem, pobrezinho dele, nem soube bem o que nós ali estivemos a discorrer... . Muito menos a fazer.

Edmundo Vallellano,

30 de abril de 2014.