Angola já devia estar a viver tempos radicalmente desligados dos velhos tempos do MPLA e da UNITA.

Um Partido (político) que seja um «Movimento» representa a mais completa contradição, um equívoco. Pois «movimento», naquele específico sentido, constitui uma mobilização sócio-política em torno de uma causa e visando fins incomuns ou extraordinários – o que não é o caso dos Partidos. E na época em que foi criado, o MPLA tratava-se de uma mobilização enquanto sublevação contra um sistema. Por outra parte, «Libertação» pressupõe que algo esteja encarcerado, impedido. O quê?

Da UNITA poder-se-á dizer que, se ainda advoga a «Independência», é porque Angola não está (ainda) independente. Quanto ao «Total» da sigla, ele é demasiado ambicioso, mais ainda nos tempos de progressiva globalização que estão a ser vividos.

Essas duas realidades sócio-políticas angolanas encontram-se completamente ultrapassadas e há muito deveriam ter dado lugar à sociedade CIVIL, normal e pacífica!

EV,

11-01-2014.