O Foco Originário

O corpo meramente representa, com perplexidade e em aparente contradição, uma unidade de compostos, um composto de partes, que se usa e por fim se joga fora como instrumento tornado inútil. Uma falsa unidade, por sua vez feita de unidades sem conta.

E lá no âmago, que não é dentro nem fora, o foco do corpo, razão de ser de toda a complexidade.

O átomo primordial maximamente denso, assim o denominaram literariamente no âmbito científico, lá subtraído a quaisquer parâmetros de classificação ou de quantificação.

Reunião de tudo o que exista ou possa vir a existir, operada pela superforça, essa força das forças. Potência de ordem absoluta.

Consciência universal, por inerência de pressupostos lógicos... necessários.

Enfim: o que se queira!

Porém, tão-somente a fonte consubstanciadora de toda a possibilidade, conferindo-lhe existência real; capacidade absoluta para qualquer exercício particular da consciência. Fisicamente imaterial; imaterialmente física – porquanto físico-matematicamente inquantificável.

Eis o foco originário... de toda a existência – possível, ou real.

EV,

7-1-2014.