«(...) A criança até aqui podia segurar, mas não sabia largar; agora é capaz de o fazer, permitindo-lhe, a maturação do seu sistema nervoso, tentar dar os primeiros passos...»

– Roger Mucchielli, La Personalité de L’Enfant.

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Nesta afirmação de Mucchielli não só se espelha a ideologia científica empírica de explicação mecanicista, como também se pode perceber a dependência total em que estes teóricos da psicologia prática colocam a consciência relativamente à ação, vendo-a como coisa meramente passiva, mecânica, sujeita ao encadeado de causas e efeitos, segundo o velho de 400 anos entendimento empirista britânico de que a consciência seja uma tábua rasa ao nascer-se, acabando por adquirir estatuto somente de modo reativo, consoante a dialética que se estabeleça entre estímulos e respostas adequadas.

Ora: com uma mentalidade assim, com uma ideologia destas, nunca mais os humanos sairão de onde se encontram, agarrados como lapas à sua visão mecanicamente materialista!

EV,

5-2-14.