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A Metáfora Do Infinito
A Metáfora Do Infinito

                                                            A Metáfora Do Infinito

O positivismo ocidental (euroamericano), muito concretizador, obcecadamente corporalizador, fisicista, portanto material, não poderia deixar de conceber o infinito – essa reta sem fim que ultrapassa todos os horizontes!

E como, no seu entendimento, partindo do zero (ou até da unidade) não se poderia obter um infinito real, uma vez que antes do zero (ou unidade) ficava a faltar um outro pressuposto infinito, então, da forma a mais malabarista possível, acabou concebendo o MENOS infinito para compensar a falta.

Estava por fim completado o Infinito – entidade matemática com categoria de deus.

Mas de que modo é que, considerando muito razoavelmente o menos infinito como se tratando de (mais) uma patética abstração dos matemáticos, se pode do um, com o qual TUDO tem início (a divindade será UMA; o universo físico será UM, ou não se tratasse ele do universo; cada UM de nós, sendo UM composto de partes de partes..., com os nossos órgãos, tecidos, células, moléculas, átomos..., todavia é sempre UM...), desse um porém se parta para a conceção de um (MAIS é mero pormenor...) infinito?

O infinito não existe! O que não pressupõe a afirmação categórica da exclusiva existência do finito. Até porque, em termos de pura lógica, não havendo infinito, também não haverá a sua negação (oposto lógico contraditório). Dado aí já não fazer falta (lógica) alguma.

O finito é uma ilusão. Pois flui sempre – e por fim passa! Uma ilusão que leva a supor o infinito... .

A menos que esse finito fosse a única coisa existente... . Daí não podendo então passar, dado não fluir, porque só aquilo existia mesmo e por isso não poderia ir a parte alguma de qualquer modo que fosse.

O problema reside, invariavelmente, na submissão da racionalidade natural (física!) à necessidade da consideração da existência de dois opostos lógicos, submissão e necessidade essas que são da mesma génese e de igual constituição da submissão da racionalidade ao princípio de causalidade!

(...)

[Excerto de Capítulo de «Opúsculo Crítico Sobre o Infinito, a Relação e o Absoluto», janeiro de 2014.]

 

Edmundo Vallellano,

01-01-2014.