A Terra definitivamente é um lugar irrecomendável para se nascer e viver.

Dizia Jonas Savimbi, em um discurso:

«Não podemos deixar que a história de Angola seja uma permanente deturpação. Porque, até agora, ela tem sido uma deturpação».

E Angola é um exemplo flagrante: um criativo como Savimbi (foi um génio perdido — em parte, por culpa própria) viu-se permanentemente marginalizado e por fim liquidado, enquanto um medíocre sensaborão, como Eduardo dos Santos, ficou presidente pelos últimos 39 anos! Tornando Angola um país eternamente adiado!

Ramos–Horta foi prémio nobel. Saramago foi prémio nobel. Obama foi prémio nobel. António Guterres, mesmo sem saber fazer contas, recentemente tornou-se secretário-geral das quiméricas Nações Unidas. Durão Barroso, um malabarista da política, aos quais denomino «carreiristas» no meu livro «Holocracia...», conseguiu chegar a presidente da comissão europeia. E Eduardo dos Santos é presidente de Angola há 39 anos!

Só mesmo como missão [...de (colossal) sacrifício] a Terra poderá ser considerada como um bom lugar para se viver. Ou então como prova, para depois se prestar exame e assim se poder passar a um outro nível de existência, necessariamente superior ao anterior.